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Preciso desenvolver a mediunidade?

Não é a mediunidade que trava a vida, muzanfio. É a energia que nasce na intimidade de cada um que pode emperrar ou abrir os caminhos da vida.

Mediunidade é talento divino emprestado para serviço e aprimoramento, é um tesouro que Deus empresta ao homem para sua felicidade.

O que o médium precisa desenvolver é sua qualidade de vida, para poder irradiar a força da prosperidade, precisa melhorar sua conduta, para conseguir iluminar, com a bondade, a sua existência, e melhorar seus sentimentos, para alcançar a cura das doenças da alma.

O que o médium precisa, muzanfio, é desenvolver o jeito de viver e falar, agir e ser no bem.

Tem muitos fios que acha que os espíritos do mal vão fazer morada na mente se não desenvolver mediunidade. Isso acontece mesmo, mas é porque muitos fios não cuida do seu talento. E mediunidade, pra ser cuidada, solicita disciplina, melhoria e maturidade.

A mediunidade não é a causa dos problemas, mas sim a falta de cuidado com que os médiuns tratam a sua faculdade espiritual.

Tem mesmo muito médium que é igualzinho a uma esponja, absorve tudo, por falta de proteção, e fica com muitas perturbações energéticas e mentais.

Desenvolver mediunidade não é sinônimo de proteção e melhora, muzanfio. Nem significa que a pessoa vai ficar livre das sujeiras que os fios puxa pra suas vidas. De jeito nenhum!

Desenvolver mediunidade é fácil. Tem muito fio fazendo isso e continua com a vida do mesmo jeito.

Sabe por quê?

Porque não miorô (melhorou) seu jeito de ser. Foi para a tarefa e não deixou a tarefa talhar um homem novo e mió em seu íntimo. Desenvolveu mediunidade e não desenvolveu a alma, os sentimentos do bem.

Tem muito fio médium que acha que alembrá (lembrar) da mediunidade uma vez na semana e fazer preces em quinze minutos é tá com a vida espiritual garantida e livre para errar o resto do tempo!

Não é assim que funciona as coisas na escola de Deus.

Mediunidade é pura responsabilidade, trabalho intenso e disposição para avançar.

Vosmecês quer miorá suas vidas, não é, muzanfios?

Capítulo do livro “Fala, Preto Velho” – Wanderley Oliveira, psicografia Pai João de Angola – Editora Dufaux

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